Matéria – A revista RIP N. 45 maio/junho 2014.por Tanem Loseva-Bakhtiyari

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      A revista “R.I.P.” N. 45 maio/junho 2014
      Foi traduzido por Tanem ‘W&W’ Loseva-Bakhtiyari
      texto: TANEM ‘W&W’ LOSEVA-BAKHTIYARI

      Os convidados celebridades da outra parte do mundo tão desejados raramente chegam até o Rio-de-Janeiro e outras cidades visitando somente São Paulo.

      “As melhores bandas, as bandas de que nos gostamos mais são da Europa. É o problema das tradições musicais. A base da música brasileira é os ritmos africanos, percussão. E isso é outra coisa,” – os meus amigos locais me mostram os seus play lists nos celulares.

      O lider indisputável aqui é “Lacrimosa”. “Lacrimosa” para o Brasil é um exemplo da cultura gótica, um modelo para imitação da Europa tão distante e inacessível. A música cheia de dramatismo, e a poesia que fala sobre solidão, medo e dor – são quase um asilo, um refúgio onde é possivel se esconder da multidão ruidosa, pintalgada, dos tambores barulhentos do samba, dos sentimentos que aparecem tão rápido quanto apagam, e do sorriso constante que se oferece como uma imagem correta de um brasileiro.. Nesse ambiente a criação do Tilo Wolff da compreensão que a dor pode ser criadora também. E se vocês evitam a dor, se vocês não podem sentir uma dor forte como vocês podem sentir felicidade de que quase para a respiração? Porém falando justo vale a pena notar que os brasilheiros que têm uma atitude leviana para vida ao mesmo tempo têm algo parecido com respeito pelas emoções fortes. Não é mais uma causa do interêsse estável para “Lacrimosa” aqui?

      Há alguns fã clubes da banda aqui no Brasil. O mais ativo deles é “Lacrimaniacos”. Foi criado em agosto do ano 2012. Os lideros dele: Karina Bruschi Pinotti e Felipe Alexandre, são muito jovens, ativos, que têm os seus próprios projetos musicais (“Einsamkunst”). Todo o Brasil está dividido entre os diretores regionais desse clube. “Muitas pessoas nos falavam que nós nos dedicavamos de mais a uma banda que não sabia da nossa existência,- Karina não pode manter as suas emoções nas suas cartas, se lembrando do show da banda no Brasil em abril do ano 2013.- Mas quando o Tilo nos reconheceu pelos nomes…Ele nos reconhece e apoia. E para nos é o maior presente e estímulo. Quando pela primeira vez ouvi “Lacrimosa”, eu já estudava música classica mas gostava também de rock e metal. Eu achei que “Lacrimosa” era a combinação perfeita de metal e música classica…”

      “Aqui no Brasil não temos muitas bandas góticas, – os meus amigos me esclarecem. – E as poucas góticas que tem cantam em inglês não português. Acreditamos que cantar em inglês irá facilitar a nossa divulgação nos outros paises. E cantar em inglês é muito mais bonito, muito mais fácil, ele é melhor nas melodias. Os próprios brasileiros acreditam que o nossa idioma é difícil. E vamos nos afastando do português correto. Mas não são góticos que fazem isso! Os góticos tentam falar português correto e o português deles é mais refinado e rebuscado.”

      Os estilos mais populares entre das bandas dark locais – dark electro: “Blue Batterfly”, post-punk: “Gangue Morcego”, “Escarlatina Obsessiva”, “Jardim do Silensio”, gothic metal, symphonic metal com a voz feminina e growling, doom metal: “Malkuth”, “Soturna”, “Nightchildren”. “Nightchildren” tirou time out, – fala Leonhardt Huss, guitarrista de uma e guitarrista e back vocal da outra das duas ultimas mencionadas bandas. Delicado e fino, com o cabelo comprido, lê Ch.P. Baudelaire e Anne Rice, admira os quadros dos impressionistas francêses e vai observar as estrelas no obcervatório perto da casa dele no bairro de São Cristóvão. “O que primeiro você gostaria de ver na Europa, Léo?” – “Wave-Gotik-Treffen…”,- sem pensar quase respira ele.

      Será pena se o time out de “Nightchildren” estiver eterno como a vida dos vampiros tão amados pelo Léo. A música com o mesmo nome foi uma das minhas mais prefiridas. Acho que ela poderia decorar qualquer festival inclusive mesmo WGT.

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