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14 de setembro de 2017 às 22:52 #370Karina Bruschi PinottiMestre
Entrevista que Tilo concedeu em seu aniversário
FONTE: whiskey-soda.de
Interview: Valentin Erning
Tradução: Karoline CoelhoLacrimosa – O Embaixador no campo florido
10 de Julho de 2014 :O aniversário de Tilo Wolff.
E ele faz,mesmo assim: Exatamente as doze horas de relógio, o Frontman de Lacrimosa pega o telefone – É uma entrevista festiva com Whiskey-Soda ( nome do site qual Tilo concedeu a entrevista). E até agora,o único luxo que ele teve foi, excepcionalmente, dormir até mais tarde.
Tilo está de bom humor, tendo uma montanha enorme de cartas de fãs e cartões de aniversário para revirar. Além disso,em uma semana será lançado seu terceiro álbum ao vivo – motivo suficiente para uma conversa.
Quase dois anos depois de ‘Revolution’,ironicamente,muito pouco mudou. Porém, Tilo Wolff está encantado.
E no que diz respeito ao destino de seu projeto musical, ele está longe de derrubar fantasias,como enfatiza;Mas sente que seu trabalho e sua vida estão em perfeita harmonia.
De qualquer forma, Quanto mais o duo Wolff/Nurmi critica o seu ambiente em ‘Revolution’,Mais a humanidade se distancia, orientada pelo egoísmo e materialismo:
‘Ninguém esta sozinho nesta terra – Porém todos estão solitários nesse mundo!”WS:Tilo, A respeito de seu estilo: Considerado como bom e revolucionário,ele depende muito da sua escolha de palavras.Em seu mais recente trabalho,Você não somente se escondeu atrás de palavras lacônicas e amplamente interpretadas ,como ao mesmo tempo foi franco,direto ao ponto. Exemplo : Uma canção como ”Irgendein Arsch Ist Immer Unterwegs”. Tendo em mente que Lacrimosa sempre foi associado com um vocabulário mais puro, um título como esse fez com que muitos dos seus ouvintes se surpreendessem. Você nem sequer precisou de uma noite para dormir sobre o assunto* – ou pelo menos pra engolir – antes que a letra fosse terminada?(* expressão popular que significa ,literalmente,um tempo para pensar sobre algo)
TW : Não. Não,eu nunca precisei. Eu não penso em antes e depois. Eu escrevo apenas o que penso e sinto – Essa sempre foi minha maneira de fazer musica. E quando uma canção exige,de modo particular, uma expressão mais forte,ela não passa por censura nenhuma. Seguimos,por assim dizer,uma tradição de bandas como Joy Division e Bauhaus,que existem há muitos anos, e misturam literatura e psicologia para transformar em música.
Se você estivesse lá agora e censurasse-os por medo do que o público pensasse ser ruim,então, eu também poderia censurar e fazê-la funcionar de outra maneira. Em seguida,a música não teria razão.E eu tenho que dizer honestamente: Toda banda que deixa um manager ou uma gravadora interferir e tem sua música censurada, deixa de existir como algo puramente artístico,tornando-se um produto puramente comercial,como… bem… digamos que… um par de óculos de sol,ou uma mesa.WS: O álbum ‘Revolution’ veio acompanhado de uma turnê verdadeiramente revolucionaria – ao menos, foi o que a divisão em dois atos gigantescos bem definidos passou como imagem. Presumivelmente,será muito difícil se afastar novamente de seus fãs agora. Você pode imaginar uma continuação com performances ao vivo nesse nível ?
TW: Bem, isso é, na verdade,sim. Há alguns dias atrás eu escrevi o Setlist para os show de verão, e em especial,o de Klaffenbach,em que teremos bastante tempo,que é bem similar (aos shows em turnê;). O problema é que eu gosto de fazer musica, e às vezes eu não vejo outra forma de fazer isso senão desaparecendo do palco por uns tempos.
Estive recentemente em um concerto do Billy Idol, e foi maravilhoso,mas foi muito curto, com cerca de apenas uma hora. Faltaram um monte de músicas do novo álbum, além de grandes sucessos com os quais eu cresci. Eu acho que um concerto não deve durar apenas uma hora e meia,precisa de mais tempo pra ser concluído. Minha cerveja deveria ter sido suficiente ,no mínimo, para apenas algumas poucas músicas. (risos)WS: Por isso,pra você,estender os shows foi mais como um prazer do que uma concessão aos fãs…
TW: Sim, sim, mas eu também sou um pouco egoísta a esse respeito. É claro que eu quero que os fãs fiquem ansiosos com o que fazemos, e fico feliz quando vejo que eles gostam disso. Mas em primeiro lugar eu comecei esta viagem inteira chamada Lacrimosa porque eu adoro música e quero fazer música. E, portanto, eu não quero estar no palco para satisfazer a alguém. Acho que as pessoas sentiriam se eu estivesse, suponhamos, chateado, porque eu ficaria parado duas ou três horas no palco. Elas sentem, e,nesse caso, eu não faria isso. Exemplo: Se você estiver doente. Isso é o que aconteceu em Puebla na última turnê. Eu estive muito mal e tive calafrios. Os organizadores queriam cancelar o concerto quando me viram ali, tremendo nos bastidores cinco minutos antes do show. E eu disse:” Não, eu vou lá no palco, mas não por três horas,hoje apenas duas”. Você tem alguns compromissos, é claro. Mas por outro lado, se você não tem nenhum desejo de entrar no palco, você não deve fazê-lo.
WU: Quão satisfeito você esteve depois desse tal concerto? Você estava feliz por ter conseguido fazê-lo,ou pensou que deveria tentar torná-lo melhor da próxima vez?
TW: Nah, eu estava realmente feliz que eu tinha feito isso. E depois, eu conversei com algumas pessoas, porque fui tomado pelo medo de que alguém poderia estar zangado ou desapontado porque comprou um bilhete e o show não foi como esperado. No entanto, o som foi original como os outros (shows) e basicamente ninguém realmente notou que eu tinha estado adoentado.
WU: Uma questão que está preocupando muitos fãs é sobre o chapéu de Arlequim. Porque, de fato , ele o perdeu no meio da agitação da revolução, ao que parece, estando ele lá no meio de escombros e fumaça, segurando a bandeira da revolução. Até o início do próximo período de vida,ou seja,o álbum novo,terá ele já recuperado o chapéu?
TW: (risos) O Arlequim é, por assim dizer, a mascote da banda e, claro, isso inclui todas as partes dele.O chapéu não corresponde a uma parte da vida musical de Lacrimosa, mas, ele ainda é uma parte de valor do reconhecimento visual do Arlequim. E, portanto, o chapéu não será perdido.
WS : Olhando exclusivamente para o próximo álbum: Vocês pertencem a categoria de bandas que podem demorar longos períodos de tempo antes de chegar a um novo material de estúdio. O tempo pergunta inocentemente: O que você esteve fazendo nos últimos dois anos em relação a tudo isso?
TW: O problema disso é simplesmente o fato de eu não tenho nenhuma gestão, nenhuma gravadora externa,e faço tudo mais ou menos sozinho, e isso leva tempo.
agora são cerca de dez pessoas ( na HOS), e eu apenas fico lá no balcão com Dominik. O tempo entre os álbuns eu passo no balcão. É claro que, nos últimos dois anos, devido, em grande parte, a turnê mundial que fizemos,abstivemo-nos quase inteiramente dos assuntos relacionados com o trabalho de escritório ,pois é necessário que Lacrimosa toque ao vivo, respectivamente, para os distribuidores e licenciados trabalharem.
WS: Mas isso é, até agora, só um pseudo-problema não ter gestão na parte de trás, certo? Isso afeta a qualidade – em tudo – de uma forma bastante positiva, posso imaginar.
TW: Nem por isso, na verdade. Eu não sei como é com outros músicos, mas o tempo em minha mente,não é garantia de qualidade. Eu acho que se eu tivesse mais tempo para fazer música, não necessariamente seria de melhor qualidade ou teria menor rendimento. Para mim, mesmo que o intervalo entre os álbuns de estúdio seja bastante grande, tenho relativamente pouco tempo para fazer música.
Pequeno exemplo: até a véspera de meu Ano Novo deste ano, duas vezes por semana eu não estou indo para o escritório, apenas para fazer música. E houve apenas uma vez que não consegui . Às vezes eu trabalho melhor sob pressão, na verdade. Em última análise, é realmente uma questão de hábito, porque o jogo corre agora já por quase 25 anos. Eu não sei como seria se eu tivesse uma gravadora atrás de mim,dizendo que eu deveria trabalhar por um ano em um álbum, todos os dias, de manhã à noite. Não faço ideia do que viria disso.
WS: Existem também bandas que desaparecem por cinco a dez anos para lançar um novo álbum, que depois é extremamente festejado. Na mídia, há uma tendência de golpear tais (bandas) durante esses intervalos, durantes as fases de criação,repetindo o material como se fosse algo de poder supremo….
TW: Devo dizer honestamente que a idéia de escrever uma canção hoje, para que ela seja publicada em dez anos … não posso. Eu acho que, eu não iria nem mesmo de começar. Isso é muito ruim para mim. Assim, por exemplo, agora com o álbum ao vivo: eu malmente posso esperar até o dia 18! Apenas uma semana e um dia, para o CD ser finalmente lançado então eu poderei ouvi-lo. Estou apenas olhando para a frente. Seria uma grande provação para mim saber que haveria, de alguma forma, pausas tão longas.WS: Anne e você estão trabalhando em um novo material,ou isso não é um problema atual?
TW:Ainda sim,o novo material não é como um novo material no sentido próprio;eu não tenho a intenção de escrever um álbum. Compor pra mim tem um ritmo mas cotidiano. É algo que eu gosto de fazer quando quero relaxar. Alguns caminham,nadam ou fazem qualquer outra coisa; Eu gosto de sentar-me ao piano ou pegar minha guitarra e tocar. É,portanto,algo que está constantemente ao meu lado,sempre que possível.
WS:No passado,em contraste, seu último live,Lichtgestalt (2007) foi gravado em várias partes. O que o levou a gravar em uma única localidade dessa vez?
TW: A razão para isso é, basicamente, que fui a shows de vários artistas nos últimos anos,shows que realmente gostei, e me incomodou o fato de que depois que tudo acabou eu não pude ouvi-los mais uma vez . Um ou outro show que fui eu tive que viajar atrás deles (os artistas). Para ver Leonard Cohen eu voei até Genebra,para Archive,eu fui até Roma,só pra ver os shows novamente. De Leonard Cohen,por exemplo, saíram dois Lives da turnê, e foi um momento maravilhoso comprar esses CD’s e ser capaz de desfrutar do ambiente ao vivo novamente. E então,a ideia surgiu: ”Ei,vamos lá,podemos fazer isso também,por que não? ”. E nós ainda tivemos muito incentivo na ultima tour,várias pessoas dizendo ”Foi um ótimo setlist!” ”Isso tudo soou muito bem encaixado”. Nos concertos da Tour existe uma tensão que só pode ser capturada ao vivo,e sem cortes,logo nenhum de nosso álbuns tinha isso.
Então, tivemos uma pause entre a Turnê Européia e o resto da turnê mundial,e viemos com essa idéia. E enquanto descansávamos,tentei reunir todos os componentes para que,em seguida,pudéssemos gravar um DVD na Cidade do México a partir dos três concertos de lá. -
14 de setembro de 2017 às 22:53 #371Karina Bruschi PinottiMestre
Continuação …
WS:Você, então, gravou seletivamente um concerto ou teve várias tentativas e, em seguida, escolheu o melhor show?
TW: Não, nós gravamos apenas uma vez, ou seja, o primeiro concerto dos três na Cidade do México. E temos também, especialmente ,o fato de ser um belo salão, que tem uma boa acústica, então, também se encaixou bem. Assim, esta noite foi focada nisso, e tudo simplesmente tinha que se adequar.
WS: E por que a escolha caiu na Cidade do México? Houve ainda variantes evasivas, ou foi imediatamente claro para você?
TW: Eu decidi gravar Cidade do México, porque temos a maior audiência, e baseado simplesmente no fato de que eu acho muito legal quando eu ouço um disco ao vivo e ouço o público cantar junto . E em Cidade do México temos a platéia mais barulhenta, e é por isso que eu, então, decidi fazê-lo lá.
– Você disse que é emocionante ver como as cancões antigas mudaram ao longo de muitos espetáculos ao longo dos anos, até certo ponto como um vinho amadurecido à luz dos documentos publicados anteriormente ao vivo. Existe, na sua opinião, metamorfoses especiais que você notou e quer destacar?
TW – Isso, eu tenho que dizer, honestamente, que eu vou mesmo levar alguns dias para descobrir, porque eu ainda não me ouvi nos últimos álbuns ao vivo. E agora sai o novo material – E eu marquei em meu calendário – vou tirar um dia ou uma noite para ficar analisando algumas canções – como ‘Alles Luge “ou” Schakal “, por exemplo – e, em seguida, ouvir todas as versões ao vivo ou gravações ao vivo que estão disponíveis a partir de Lacrimosa,comparar um com o outro. Estou contente, totalmente animado para ver como tudo isso mudou. O engraçado é que assim, estes desenvolvimentos ocorrem com tanta frequência no palco sem termos que pensar sobre isso,mesmo sendo algo realmente grande. Estes são momentos raros na sala de ensaio, onde alguém sugere casualmente tocar de forma diferente alguma música, ou algo acontece no palco e depois de sair do palco alguém diz: Ei, você ouviu isso? Isso foi bom? Ou então vem o guitarrista e desculpa-se por não ter tocado o solo em questão, ou qualquer outra coisa. E assim tem se desenvolvido ao longo dos anos.
Será que é graças a esta dinâmica de ficar perto de todas as canções ao longo de décadas que vocês ainda podendo se identificar com elas, ou há também peças que alienaram você, ou vocês ao longo do tempo?
É claro que quando me lembro dos primeiros textos que escrevi quando eu tinha 16, 17 anos, vejo que evolui ao longo dos anos e tenho certas posições ou pontos de vista alterados ou verificados. Consequentemente, há alguns textos que eu, claro, gosto de ouvir porque para mim eles fazem parte do meu desenvolvimento e eu me lembro como ou por que eu escrevi .
Mas quando penso nisso enquanto as canto no palco,percebo que o público tende a tornar as declarações de um músico,ou de alguma pessoa.
o público tende a trocar os lados da moeda.
E uma vez que você tem um pouco de cuidado,alguma responsabilidade ainda reside.
E falando de censura,essa é o único tipo de informação que eu relato.
Ontem, eu ouvi uma música cujo título é ‘Mord ist Kunst’ (N.D.M: Música do grupo Stoneman,literalmente ”Assassinato é arte”) e eu tenho que dizer que honestamente eu vejo um problema.Há crianças de 15 anos bastante instáveis por aí,que podem, depois de ouvir uma música fazer algo.
Eu acho que,se alguém tem a benção de ser capaz de fazer musica,precisa ter um pouco de cuidado com o que diz. Eu acho que o cara que canta nao seria tao feliz sobre o tema se ele ou a namorada dele fossem assassinados como ele diz.
Mas para mim (a música) é apenas um ponto de vista no qual eu posso demonstrar claramente o que quero dizer e pode-se dizer que é por isso que escrevi,e que na maioria dos casos,por trás da abordagem,sou eu,mesmo hoje.
E sem esse ‘mas’ eu nao poderia entrar no palco.
Na verdade,isso parte do contexto de que eu teria que anotar o que sinto de alguma forma. E me pareceu uma boa ideia : escrever textos e em segunda parte usar música para torná-los mais bonitos. Na verdade,foi uma ideia muito boa,de maneira que eu pude pensar em mais detalhes ao longo da composição.
WS: Especialmente no setor mais escuro, que parece ser o problema do público ou ouvintes, mas também os músicos sendo levados demasiadamente a sério, o que – entre outras coisas – pode fazer com que você entenda essas musicas de uma maneira errada…
TW: Completamente,sim – porque você está falando de um tema interessante porque ambos os músicos e ouvintes levam todas essas coisas muito a sério, devo dizer com toda a sinceridade. Em última análise, é a música que deve trazer-nos alegria. Comigo é assim,e é muito bom,claro, quando eu escuto a música que me move. Mas a música tem uma relação. ela nao é a sua última palavra,e gostos podem mudar,também. Algumas musicas quais eu nao vivia sem há 20 anos,hoje em dia nao me tocam. Outras permaneceram,outras vieram e assim por diante.
Olha,eu posso ver isso em mim. Eu tenho a sorte de poder fazer musica para mim,e nao para outra pessoa. Muito pelo contrario, quando me aprovam eu humildemente fico em silencio,feliz,mas isso nao me torna onisciente.
Só porque você faz musica ou fica alguns minutos no centro das atenções,nao muda sua composição como homem,sua inteligencia ou sentimentos,pensamentos. Portanto,músicos e fãs nao devem,eu acho,tocar a vida de acordo com a música.
WS:Quando ouvi o álbum ao vivo,entre tanto, ouvi alguns ”Gracias!” e veio a minha memória que quando o lançamento de ”Revolution” foi anunciado,disseram que poderíamos encontrar no álbum algumas músicas com texto em espanhol. Isso não se concretizou. Você cancelou as canções em questão ou deixou-as para mais tarde?
TW:Oh. (Risos) Isso é muito suspeito – Eu não me lembro! Por agora,não tenho nada. Pode ser que,como eu já disse, aparece uma ideia que eu queira apresentar em espanhol. Mas em qualquer caso,isto é,até agora, ainda não aconteceu – parece-me que esqueci.
WS: Uma ultima vez,eu parafraseio suas próprias palavras: Em uma entrevista recente,você disse que ” não faz música para um cenário,mas sim poesia musical”. Quando foi que você se deu conta disso – sua audiência notou isso?
TW: Então, tenho que dizer,honestamente ,que nunca realmente considerei uma cena de música para Lacrimosa . O que não significa que eu tenho problemas com a cena – muito pelo contrário, eu venho da cena gótica e sou extremamente ligado a ela,até hoje. Desde quando estava sozinho, eu já me vestia … todo de preto, com braçadeiras pretas. Visualmente tenho influencias muito claras de gothic rock, ou como você queira chamar. Claro,o que eu ouço não corresponde em grande parte do que faço.
Olha, como eu, por exemplo, trouxe em meu primeiro álbum, ‘Angst’, que até tem guitarras,mas é dominado por teclados. Na época, eu um fã ab-so-lu-to de Bauhaus.e a única musica em que aparecem teclados no primeiro álbum de Bauhaus eu acho terrível,justamente pelos teclados. Assim, a música que eu mesmo faço tem relativamente pouco a ver com o que eu ouço muitas vezes.Para explicar isso,já que levei um pouco longe de mais, – voltando a sua pergunta – Eu nunca vi Lacrimosa como algo que se encaixe dentro de uma cena, mesmo considerando a cena de Gothic Rock, eu acredito que cresci muito pra fora dela. Isso era muito comercial do meu pensamento relativamente tacanho,até então. Eu não faço, portanto, questão de conectarem Lacrimosa a uma cena específica .
É por isso que eu continuo voltando tais ditos nos lábios, como a citação que você acabou de mencionar.Vejo Lacrimosa agora como ” Poesia musical”, o que naturalmente afeta apenas alguns títulos que tenho escrito. Mas se eu agora, por exemplo, pegar “Irgendein Arsch Ist Immer Unterwegs” ou “Copycat” ou “Feuer ” ,claro,não tem muito haver com poesia. Muitas vezes, quando me perguntam qual gênero que eu escolheria para Lacrimosa, digo então,que Lacrimosa é um gênero por si mesmo, e você pode olhar pelos 20 e tantos anos e perceber que é verdade. Quero dizer, há viagens para o blues, há excursões para o jazz, há passeios de massa para os clássicos, para o metal, rock, há estilo gótico em todos os lugares,e em todas as direções, na verdade. Eu colho flores de vários campos e continuo a partir de meu próprio Bouquet. Por mais simples que seja, e despretensioso..
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